O golpe do falso emprego, entenda a tática usada e saiba como se prevenir

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O desemprego no Brasil atingiu 12,2 milhões de pessoas no primeiro mês deste ano.

 

Mas há pessoas que se aproveitam até mesmo dessa calamidade, e veem nesse índice uma grande oportunidade de faturar.
Um golpe está sendo aplicado em todo o Brasil, e suas vítimas são os próprios desempregados.

Eduardo Vieira, 33 anos, morador do bairro de  São Matheus, zona leste da grande São Paulo caiu no golpe e nos contou como tudo funciona.

 

“Em meados de janeiro, em meio a procura de emprego, recebi uma ligação de uma empresa que se identificou como Nacco Perfumes. Eles disseram que receberam meu currículo por intermédio de uma agência de emprego. No decorrer da ligação ele informou que fui escolhido para concorrer uma vaga, prometeu “mundos e fundos”.

Pediram então que eu fosse até um galpão, na Zona Sul, bem longe da minha casa, e foi lá que tudo começou.

O escritório era bem pequeno, tinha apenas algumas imagens de produtos, foram bem convincentes e nos entregaram um contrato de “prestação de serviços”, tinha cerca de umas 25 pessoas comigo, eu achei estranho, mas não deram tempo para lermos o que assinamos e foi logo falando que passaríamos por um teste e teríamos que vender R$ 15.000,00 em produto em dois dias,(praticamente impossível) e quando retornei, obviamente sem atingir, me informaram que infelizmente eu não conquistaria a vaga.

Demorou um pouco para eu entender que aquilo se tratava de um golpe, então encontrei pessoas que também fizeram parte do suposto “teste” para vaga, e tinha notado que muitas pessoas apesar de ter vendido um bom valor, (em torno de R$ 2.000,00) não tinham sido contratados.

Foi ai que estranhamos e fomos numa delegacia, quando fui informado que se trata de uma quadrilha, que usam desempregados para poder faturar prometendo falso emprego, e que até hoje não houve registro de pessoas efetivadas.

Quando fomos até o galpão, já não havia ninguém no local.”

Quando nossa equipe estava fazendo essa entrevista, encontramos mais vítimas, que tinham passado por isso em outro local há alguns meses, e trocando informações, concluímos que se trata dos mesmos golpistas.

Na delegacia nos informaram que a investigação leva a crer que esse golpe já faturou mais de R$ 15 milhões somente nesse ano e fez mais de 10 mil vítimas em todo Brasil.

Fomos atrás da fabricante do perfume que consta atrás do frasco, porém, para mais uma surpresa, se trata de um rótulo falso.

A delegada informou que não se deve aceitar nenhum tipo de trabalho, mesmo sendo de prestação de serviços (PJ), antes de ler o contrato, se possível até levar para algum advogado e conhecer o passado da empresa, pesquisar tudo o que puder e ter a garantia do seu direito.

 

 

 

 

 

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