O vício da fofoca e as meias verdades

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Como já diziam os filósofos. “Nada une mais duas pessoas, do que falar mal de uma”

Considerado um pecado pelos cristãos, a “fofoca” quase sempre vem acompanhada por uma bela dose de mentira.

“Sensacionalizar” um acontecido, é a maneira mais fácil de se sentir em uma plena comunicação com uma outra pessoa, contudo, contar histórias, principalmente ouvida por uma só parte não é a melhor maneira de se concluir algo, mas infelizmente não é bem assim que acontece.

“Quando Pedro fala de João, fala mais de Pedro, do que de João”

Não atoa, essa frase se coloca em sentido pleno do que vivemos. Em pesquisas realizadas por centro de estudos sociais, foi concluído que quando falam para você de alguém, existe 79% de chance, dessa mesma pessoa falar de você para os outros.

Além de tudo, com as redes sociais e a facilidade de comunicação, a verdade exagerada, ou a mentira, tende-se a se espalhar com uma facilidade incrível e pode ocasionar sérios problemas para os envolvidos.

Em alguns países, a fofoca se tornou crime inafiançável e essa medida foi tomada, resultante de vários estudos.

No Brasil, de acordo com o Código Penal, Capítulo V, artigos 138 a 140, calúnia, difamação e injúria, defendem esse tipo de crime, porém, o difícil é comprovar, ainda mais, que a pena seja realizada perante o problema que aquele determinado assunto gerou a vítima.

A fofoca, segundo especialistas, demonstra uma extrema baixa auto-estima do “fofoqueiro”, no qual ele precisa de algo negativo no outro, para se sentir superior a todo momento.

Quando isso se torna doença

O vício pode ser considerado um transtorno mental, que pode passar despercebido, que o paciente não nota, pois em seu pensamento, não está fazendo mal a ninguém. Isso deve-se ao seu não conhecimento, até onde e como essa história pode atingir a vítima.

Em uma faculdade no Sul da Flórida, o professor Dylan Verx fez uma brincadeira afim de demonstrar em prática, a propagação de uma história e como chegaria em 7 vezes contadas.
Foi feito um “telefone sem fio”, a brincadeira consiste em cada pessoa passar uma história a outra e assim sucessivamente. E para todos que já brincaram, sabem que no final, a história não tinha cabimento nenhum com a original contada pela primeira vez. Isso deve-se, que de nenhuma forma, dificilmente alguém contará a outra da mesma maneira que ouviu, causando a transformação em suas informações.

Concluímos então, que tanto quem ouve, quanto quem propaga, tem grandes responsabilidades, mas o mais fácil em toda essa história é, não repassar nada, e deixar, saber que cada um tem seus motivos e suas vidas, e jamais caberá a gente julgar alguém, ou repassar algo, que não sabemos ao certo como foi.

E se cabe uma dica: Você jamais saberá toda a verdade, de um determinado assunto.

Então, muito cuidado.

 

 

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