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O desespero dos moradores, e a omissão da polícia à “pancadões” na Zona Sul de São Paulo

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O desespero dos moradores, e a omissão da polícia à “pancadões” na Zona Sul de São Paulo

 

Em uma vista aérea da Zona Sul de São Paulo, fica claro que é contornada por comunidades ou favelas.

Contudo, há grandes prédios e casas que ficam próximas a essas áreas, e nossa equipe foi conversar com alguns moradores sobre os famosos pancadões (bailes e baladas que não tem forramento acústico) e como eles convivem com isso dia-a-dia.

Nos deparamentos com dezenas de reclamações, que relatam músicas em altíssimos volumes durante o dia e a noite, tendo como o maior centro de reclamações nos finais de semana e feriados.

A maioria dos moradores não quiseram que citassem seus nomes para suas seguranças, então colocaremos de forma geral e única, tentando abranger as reivindicações em comum.

Estivemos no bairro Morumbi num final de semana, e localizamos mais de 36 pontos com sons extremamente altos e após as 22 horas da noite, chegando até as 4:30 da manhã.

O som era tão alto, que conseguíamos ouvir com mais de 5 kms de distância, em pontos específicos e apartamentos nas redondezas.

Os moradores ligaram para a policia, mas nenhuma medida foi tomada. Em uma ligação específica, recebemos a seguinte informação: “em época de eleição fica difícil”.

(Vídeo gravado de um apartamento na Zona Sul às 1:45 AM)

No ano passado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, criou uma força tarefa afim de afrontar os pancadões, mas segundo residentes do bairro, não houve nenhuma melhora, e os pancadões continuam “rolando” e cada vez com os sons mais altos.

“É difícil sabe?! Lutamos para conquistar nosso apartamento, e quando chegamos, não temos praticamente nenhuma noite de sossego, o que é de nosso direito constitucional, mas aqui não funciona assim, eles fazem o que querem e sem nenhum tipo  de correção, a policia não vem, e ficamos a mercê de fones de ouvidos” disse um morador da Av. Giovanni Gronchi, bairro do Morumbi, e vizinho de comunidades, inclusive Paraisópolis.

No dia 18 de março, domingo, acompanhamos uma noite no local, e nos deparamos com um palco instalado no meio da rua de uma das comunidades, com som até as 2 horas da manhã e sem nenhum pudor.

Fizemos então uma ligação para o 190 da policia militar, onde fomos orientados a fazer pelo site, fizemos e novamente ninguém apareceu.

“Nunca vimos polícia nessa região, talvez pelo tráfico permanente nessas áreas, já fomos até a prefeitura, fizemos a ocorrência, estamos com o chamado, e até agora não há respostas, não temos mais de quem cobrar” disse a moradora do bairro Paraíso do Morumbi.

É extremamente comum pessoas adquirirem imóveis nesse bairro e venderem após alguns meses de uso, o bem-estar é impossível, e as pessoas parecem não ter para quem recorrer.

Tentamos contato com a prefeitura de São Paulo para saber desse assunto, e a resposta que obtivemos foi: “Nós recebemos muitas reclamações, e estamos tomando todas as devidas providências”.

Os sons automotivos são meios que acham de erguer o som, tendo uma quantidade imensa de potencia e ultrapassando todos os decibéis permitidos.

Falamos com um corretor de imóveis, e fomos informados que a desvalorização naquele local, apesar de ser bem visto, diminuiu em 19% nos últimos anos, exatamente por causa de sons altos e falta de sossego.

 

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